domingo, 31 de agosto de 2008

Capítulo 7 - A queda


Fantine não tinha mais conhecidos em sua cidade natal, mas arranjou um emprego na fábrica e passou a viver de seu trabalho, até comprou um espelho e voltou a sentir orgulho de seu cabelo e dentes. Pensava em sua filha Cosette e não tinha coragem de contar a ninguém sobre sua filhinha mas, na fábrica, começaram as fofocas. Fantine sempre pagava um senhor para escrever as cartas que enviava a filha, porque não sabia escrever; uma vizinha conseguiu o endereço dos Thérnardier, que cuidavam de Cosette, e viajou para saber; chegando na cidade ela contou a todos que tinha visto a filha de Fantine e logo ela fora demitida da fábrica. Ela se desesperou, porque estava sem emprego logo quando os Thérnardier pediram um novo aumento na mensalidade, além disso, ela tinha que pagar os móveis, e os dois meses de aluguel que estava devendo e quando seu dinheiro já estava no fim, conseguiu camisas de soldados para costurar e a maior parte do que ganhava, enviava para o casal. Um dia recebeu uma carta, o inverno se aproximava e Cosette não tinha roupas de frio e exigiam mais dinheiro. Foi até um barbeiro, vendeu seus cabelos e comprou roupas para sua filha. Os Thérnardier que queriam dinheiro, distribuíram as roupas entre suas duas filhas menores. Outro dia recebeu outra carta dos Thérnardier que dizia que Cosette estava muito doente e precisava de dinheiro para os remédios e sem saber o que fazer Fantine, vendeu seus dentes para um dentista que vendia dentaduras encima de uma carruagem. Enviou o dinheiro. Fantine jogou fora seu espelho, porque não queria mais se ver, perdeu os móveis, perdeu a vaidade e sentia muita raiva do senhor Madeleine. Novamente recebe uma nova carta e os Thérnardier exigiam mais dinheiro e ameaçavam por Cosette na rua. Como não tinha como conseguir tanto dinheiro, ela decidiu vender o que restava de si mesma, o seu corpo. Virou prostituta.

Por: Álvaro

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