quarta-feira, 3 de setembro de 2008

Capítulo 14 - Marius

Oito ou 9 anos depois dos acontecimentos narrados, um rapaz muito pobre vivia na antiga casa onde moraram Jean Valjean e Cosette. Seu nome era Marius. O avô do garoto, Gillenormand, que devia ter uns 90 anos, falava alto e gostava de briga. Morava com uma filha solteira que tratava como criança. Gastara boa parte de sua fortuna e aplicara o que restou em renda fixa. Gillenormand adorava a Casa Real de Bourbon, conduzida novamente ao trono depois da queda de napoleão. O mesmo não gostava da República, nem da Revolução Francesa, por isso considerava uma vergonha o casamento de outra filha que fora casada com um herói dos exércitos napoleônicos. Dessa filha nasceu Marius, que apesar de adorado pelo avô, impedia que o pai pudesse vê-lo. O pai cultivava flores em uma pequena aldeia e a cada dois meses ia a Paris para ver o filho de longe. O menino vira rapaz sem nunca saber do pai e quando morrera, Marius, recebeu uma carta que o dava o título de barão e pedia que fizesse bem ao sargente Thérnardier. Marius estudava direito e julgava-se abandonado. Em um Domingo, na Igreja, um sacristão aproximou-se dele e contou que durante 10 anos, observou um pai olhando o filho que passava sem poder ter algum contato com ele. O sogro ameaçava deserdar o filho se ele procurasse o filho e em admiração a esse pai, gostava de rezar naquele lugar. O sogro não gostava dele porque foi coronel de Napoleão. Chamava-se Pontmercy. Marius assustou-se pois, esse era o nome de seu pai. O sacristão diz que Marius tivera um pai que o amava muito. Ele comove-se e começa a estudar a história da República e do Império Napoleônico. Passara a adotar os ideais revolucionários e democráticos e homenagem ao pai fez cartões de visita dizendo: "Barão Marius de Pontmercy". Quando pôde, foi visitar Thérnardier na estalagem, mas aquele foi a falência e não descobriu o que aconteceu com ele ou com sua família. O avô e a tia de Marius, acharam que ele tinha uma namorada e por isso viajava, mas descobriram em suas roupas a carta deixada pelo pai e os cartões de visita. O avô pergunta o que era aquilo e logo Marius responde que se orgulhava de seu pai. Marius disse que seu pai era um homem corajoso que serviu a República e que tinha morrido esquecido. O avô se enraiva e pede para Marius sair de casa e ele abandona a casa nem aceitara a mesada oferecida. Passou a viver pobremente, conseguiu registrar-se como advogado mas não ganhava muito e escreveu ao avô avisando-o da notícia e o avô rasgara furiosamente.
Todos os dias Marius passeava no Jardim de Luxemburgo e ao caminhar começou a observar um velho e uma jovem. Ficou 6 meses sem ir ao parque e ao voltar ficou surpreso que o velho era o mesmo mas a jovem transformara-se em uma linda mulher. Ao passar por Marius, no outro dia, a jovem o olhara com doçura e este retribuira. Sempre trocavam olhares. Um dia o pai percebeu e passou a passear sem a filha. Na primeira oportunidade Marius os seguiu até onde moravam. No dia seguinte fez o mesmo e o velho parou de ir ao jardim. Marius foi até onde moravam e descobriu que haviam se mudado sem deixar endereço.


Por: Álvaro

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